Com a escassez de gente qualificada no mercado de tecnologia da informação, muitas empresas passaram a contratar tecnólogos para suprir a demanda de projetos. A saída atende bem às necessidades imediatas, já que esses profissionais tiveram uma formação mais voltada à realidade prática do dia-a-dia.
O texto do CNE que instituiu as Diretrizes Curriculares Gerais para a Educação Profissional de Nível Tecnológico já aborda esta questão ao estabelecer a especificidade dos cursos de tecnologia: “o curso superior de tecnologia é essencialmente um curso de graduação, com características diferenciadas de acordo com o respectivo perfil profissional de conclusão”. E continua: “a permanente ligação dos cursos de tecnologia com o meio produtivo e com a necessidade da sociedade colocam-nos em uma excelente perspectiva de contínua atualização, renovação e auto-reestruturação”.
Os cursos tecnológicos foram concebidos para atender às reais necessidades do mercado e da sociedade. Isto fica claro quando as próprias diretrizes curriculares fazem distinção entre o bacharel e o tecnólogo: “a formação do tecnólogo é, obviamente, mais densa em tecnologia. Não significa que não deva ter conhecimento científico. O seu foco deve ser o da tecnologia, diretamente ligada à produção e gestão de bens e serviços. A formação do bacharel, por seu turno, é mais centrada na ciência, embora sem exclusão da tecnologia. Trata-se, de fato, de uma questão de densidade e de foco na organização do currículo”.
Fonte: DELIBERAÇÃO CEE N° 50/05